Um nome que ganhou repercussão durante a campanha eleitoral: FEBOM – Fundo Especial do Bombeiro. Uma taxa que é cobrada pelo município junto com ao carnê do IPTU. Todos os proprietários de imóveis urbanos pagam um determinado valor, quando quitam o mais importante imposto do município.
Uma fórmula encontrada para arrecadar fundos a fim de equipar a unidade local do Corpo de Bombeiros, com instalações próprias, veículos e equipamentos necessários ao combate a incêndio e atendimentos de emergência.
Apesar da sobrecarga de impostos que assola ao brasileiro, não podemos criticar a iniciativa que se reverte em favor de todos, porque os bombeiros são realmente eficientes e modelo de atendimento na cidade. Presidente Venceslau pode se orgulhar da corporação que tem ao longo dos anos mostrado eficiência, aliada à dedicação e trabalho dos seus homens. Um tributo que dá retorno a quem paga. E, isto é muito bom.
Mas o que realmente aconteceu com a verba, mais propriamente com o dinheiro arrecadado a partir de 2001? Estão circulando pela cidade duas atas de reuniões dos Membros do Conselho Diretor do FEBOM, que tem como Presidente o sr. Antonio Pardini Branquinho. Os valores citados nas atas, dão conta de Demonstrativo de Receitas e Despesas, de 2001 a maio de 2004, de R$ 204.051,60, e que, na conta do FEBOM estavam depositados apenas R$ 53.989,31.
Uma das atas, mais propriamente a de nº 002/2004, de 29-06-04, cita estes valores e traz uma comentário do Presidente Branquinho, que se refere a estes valores e diz textualmente: “este dinheiro não está em sua totalidade depositado na conta do FEBOM como deveria estar, tendo um saldo de apenas R$ 53.989,31 e com isto o sr. Presidente Antonio Aparecido Branquinho ficou de informar ao sr. Prefeito Municipal para que tomasse as providencias necessárias para que o restante fosse depositado de imediato”.
O Prefeito era o senhor Osvaldo Melo que disputa as eleições municipais.
Não vamos comentar o que está descrito na ata, porque é desnecessário e cada um pode tirar suas conclusões. O que estranhamos é o fato de que a ata tem mais de 4 anos de sua realização e nada foi dito pelo Presidente do FEBOM durante o seu mandato.
Tudo permaneceu no anonimato. Não há uma informação segura de que o dinheiro foi repassado para o Fundo. Tudo que se fala são especulações. O dinheiro foi arrecadado do povo com uma finalidade específica de aplicação em benefícios para o Corpo de Bombeiros.
Por iniciativa do PPS deu entrada na Câmara Municipal um pedido de CEI que inexplicavelmente foi lido e deixado para apreciação posterior.
O prefeito municipal também não se manifestou sobre o assunto e neste momento talvez seja a única pessoa que tem autoridade moral para falar sobre o que está acontecendo para a população. Declarou neutralidade nas eleições, tem mantido uma atuação discreta.
O assunto é de grande interesse pois envolve dinheiro público que sempre deve ter contas prestadas sobre a sua aplicação. Passaram 4 anos e 4 anos é muito tempo, como diz a propaganda do TRE.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário