Desde que comecei a exercer a profissão de “Jornalista Profissional”, nos idos de 1.965, conheço as mulheres que ocuparam os cargos de primeiras damas. As mulheres dos prefeitos venceslauenses.
Naqueles tempos ocupava a Prefeitura Municipal, o coronel Miguel Brizola de Oliveira. Sua esposa dona Lídia Verdezani de Oliveira. Companheira de todas as horas. Doceira de primeira, sempre alegre e prestativa. Gostava dos pobres. Era amiga de muitas pessoas, que procuravam a sua casa em busca de auxílio. Uma mulher admirável que até hoje, fala com saudades do Coronel.
Na sucessão com Ernane Murad, a companhia era de Vera Murad. Mulher linda. Devido ao pouco tempo de mandato do marido, a sua atuação foi pouco notada.
Alayde Custódio Erbela, esposa de Inocencio Erbella, foi a que mais ostentou o título de primeira dama. Na primeira gestão, acompanhava o marido em suas peregrinações, na maioria das vezes gestante. Teve 6 filhos. Todos brilhantes, de idéias próprias e democratas na essência. Uma prole nascida de uma mulher, pequena na estatura mas gigante nas ações. Fundou a Creche Tia Carmem, pensando nas criancinhas. Reimplantou a APIM que foi fundada em 1.958 e estava parada. Criou e incentivou o PLIMEC, uma extensão da APIM. No PLIMEC servia leite, café e pão aos trabalhadores rurais antes de seguirem para a labuta no campo. Projeto de grande alcance sócio-comunitário que inexplicavelmente foi abandonado. Desenvolveu nos três mandatos do marido uma obra social admirável pela cidade.
Foi sucedida por outra mulher extraordinária. Dona Maria do Carmo Rainho. Calma, sensata, organizada e realizadora. A sua presença sempre impôs muito respeito como até hoje. Palavras doces, gestos bondosos, sempre muito educada, conquistou a todos com a sua simpatia. Foi também Presidente da APIM e deu amor e carinho às crianças da creche.
Na sucessão veio Sonia Maria Ganzarolli de Carvalho e Silva que foi primeira dama por duas vezes. Mulher de sensibilidade política. Guerreira, batalhadora. Sempre na linha de frente, em defesa do seu marido. Líder natural nas áreas mais carentes. Também foi ótima Presidente da APIM.
Depois veio a dona Lucy Nicolau. Nissei de grande meiguice e palavras rápidas. Trabalhadora incansável pelas obras sociais. Foi Presidente da APIM. Continuou o trabalho de assistência aos pequeninos. Tinha também um grupo de mulheres que eram suas seguidoras na grande obra assistencial. Muito fiel, sempre deu sustentação aos atos do prefeito Tufi Nicolau.
Na sucessão a Professora Maria Clara, esposa de José Catarino. Pouco acompanhei o seu trabalho, pois praticamente coincidiu o mandato do seu marido com o meu afastamento da imprensa. Conheço-a pessoalmente e sei do seu grande valor como mulher decidida e defensora dos seus pontos de vista.
Destas primeiras-damas que citei, quero fazer justiça a um trabalho quase anônimo que sempre presenciei. Quase todas elas tiveram uma ajuda essencial da sra. Maria Julia Mangas Catarino da Fonseca Pereira. Não foi primeira dama no aspecto legal. Mas com certeza foi primeiro lugar na vanguarda da luta em favor das creches e das criancinhas. De uma capacidade de trabalho incansável, esteve durante este período por mim mencionado, sempre à frente das boas iniciativas da APIM, PLIMEC e de outras entidades de ajuda aos pobres.
Durante meu afastamento da imprensa outras primeiras-damas estiveram ao lado dos seus maridos. Não posso analisar seus trabalhos, sob pena de cometer injustiças. Acredito que também deram tudo de si para ajudar aos que delas necessitaram.
Clóvis Moré
Jornalista profissional
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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