sexta-feira, 12 de setembro de 2008

FALANDO DO PASSADO

Quando ouço alguém falar do passado de forma pejorativa, lembro que meus bisavós, avós, pai e mãe pertencem a este tempo. Fico raciocinando: como alguém pode negar tais entes queridos? Menosprezam aos valores essenciais, formadores da célula mais importante da sociedade, que é a família. É na família que tudo começa. A corrente genética, de bisnetos, netos, filhos, irmãos, são todos integrantes deste elo, que para mim é a essência da própria Humanidade.
Como negar tal verdade de forma vilipendiosa, dizendo que quem gosta do passado é “museu”. Onde está o amor ao próximo, o respeito pela família, a alegria da benção dos pais e dos abraços dos irmãos? A teoria marxista, que deu origem ao “comunismo” despreza estes valores cristãos. Uma forma ateísta de negar o próprio Cristianismo. Cristo é “um homem do passado”. Seus ensinamentos não morrerão jamais.
Por tanto ver falar mal do passado, me senti ofendido. Estou com 61 anos de idade. Por curiosidade fui pesquisar as idades dos candidatos a Prefeito de nossa cidade. Osvaldo Melo tem 55 anos. Ernane Erbela 46 anos. Os nossos leitores, podem por estas idades, aquilatar se podem ser enquadrados como “pessoas do passado”.
Nas chapas de vereadores existem pessoas jovens e pessoas mais velhas. Será que as mais velhas devem ser discriminadas e jogadas ao lixo somente por que têm mais idade? Suas experiências de vida, conhecimento, retidão moral, exemplos de vida não contam, só porque são do passado.
Esta história inventada de que o passado deve ser condenado não está pegando. Em outra curiosidade sobre o currículo dos candidatos deparei com os seguintes dados. Desde 1.988, Osvaldo Melo disputa eleições. Há vinte anos, disputou o cargo de prefeito. Só para medir este tempo, com 18 anos um filho completa a maioridade. É muito tempo. Em 1.992, disputou eleições para vereador. Nestas duas eleições tanto para prefeito em 88, como vereador em 92 não se elegeu. É um político do passado.
Talvez, muitos leitores desconhecem tais dados biográficos dos pretendentes ao cargo de prefeito. Mas, como batem muito na história do “passado” o tema volta à cena e é sempre bom relembrar “coisas do passado”. A maior ingratidão é relegar os momentos que vivemos.
Eu por exemplo tenho orgulho do meu passado. E o que me agrada mais é ler na minha certidão de nascimento que nasci em Presidente Venceslau. Aqui passei minha infância, adolescência, juventude, casei, nasceram filhas e netos e estou na terceira idade. Meu pai Nico Moré já falecido é um símbolo da cidade e minha mãe Lourdes Moré com 84 anos, está firme. Meus irmãos, cunhadas, sobrinhos são todos daqui. De todos tenho muito orgulho. E aqui quero ficar para sempre. Não tenho nada que me queixar dos tempos que estou por aqui. Quem não gosta do passado, será sempre combatido por mim. Principalmente aqueles que têm contas para prestar na Justiça.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

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