Em qualquer grupamento social, sempre existirá as pessoas bem intencionadas. Evidentemente, também haverá aquelas que representam o outro lado da moeda.
Vários ditados populares, nascidos na sabedoria do povo, criados por mentes lúcidas, dão conta de “ para o mal existe o bem” – “para a mentira existe a verdade” – “ para o esquerdo existe o direito” – “ para o preto existe o branco” e assim podemos estabelecer dezenas ou centenas de comparações deste tipo.
Aqui em Presidente Venceslau não é diferente. Nos últimos anos muitas pessoas de bem, se destacaram em atuações comunitárias de grande alcance social. Aqueles cidadãos que gostam de servir. De trabalhar para o próximo. De dar sem nada receber. Seguem preceitos cristãos, de amor ao próximo.
Tais pessoas, são sempre desprovidas de maldade, eis que construíram suas vidas praticando o bem. Sendo humanos e bondosos. Gostam de ajudar a comunidade e têm uma disposição incomum quando podem dar algo de si em torno do grupamento social em que vivem.
Este espírito solidário, faz com que sejam sendo voluntários, trabalhando sem nada receber, apenas pelo dever subjetivo de que devem ajudar não importa a quem. Entretanto, esta boa vontade, é aproveitada por pessoas que astuciosamente percebem isto nestas pessoas bondosas. Cortejando e agradando conseguem que sirvam a seus objetivos. Convidam-nas para cargos em entidades públicas, sempre filantrópicas, sem nada receber e aproveitando da simplicidade e ingenuidade começam a utilizá-las, para dar credibilidade às suas ações.
É óbvio que o “novo aliado” , cheio de boa vontade e propósitos passa a ser uma espécie de “vassalo” que faz tudo que o “poderoso” pede, na ânisa de prestar serviços à comunidade, que é o seu objetivo maior. Nada mais puro e belo do que estar à frente de uma entidade filantrópica, ajudando, batalhando para que os menos favorecidos possam ser beneficiados.
Só que não percebem, naquele momento, que estão sendo usados como escudos para dar credibilidade e manuseados como objeto para atingir objetivos que na maioria são contra os seus princípios e modo de viver.
Passado algum tempo, percebem que foram usados à exaustão e que na verdade o que buscavam em sua pureza, não era nada daquilo que parecia.
Ficam com seus nomes atrelados a procedimentos condenáveis e aí percebem o quanto serviram de escudo para os figurões, que ficam com seus nomes protegidos. Vem a decepção, a frustração, o medo, e a vergonha de terem nomes divulgados a fatos pouco recomendáveis.
Acabam pagando um preço muito alto, pela simplicidade, ingenuidade, lealdade, trabalho, honestidade. Daí para a depressão é um pulo. Estas pessoas de bem, de índole pura, verdadeiros cristãos, não acreditam no que está acontecendo e ficam frustrados, se recolhendo a um mutismo que pode custar a própria saúde.
O leitor que tem acompanhado mais atentamente os noticiários da cidade nos últimos anos, pode analisar e aquilatar se o que estamos dizendo é verdade ou não. Quantas pessoas de bem, com a melhor das intenções tiveram seus nomes atrelados a escândalos em entidades benemerentes, dos quais nunca tiveram nenhum beneficio.Alí estavam apenas para trabalhar, bem intencionados. E o reverso da medalha mostrando a outra face.
Sobra um alento. Deus está presente em tudo. Não pune os ingênuos e incautos. Sempre dá a sua proteção. A maldade, a armadilha, o embuste, não pode triunfar.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário