quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A CRISE QUE ASSUSTA

O mundo assiste atônito, estarrecido e temeroso o desenrolar de uma crise no sistema financeiro internacional que começa a afetar a todos nós.
A infeliz declaração do Presidente Lula, há dias atrás quando se prenunciava a hecatombe econômica, de que ela seria “imperceptível” no Brasil, deixou claro que realmente estamos sendo governados por pessoa que está sempre alheia aos acontecimentos. Uma alienação total.
O surrado refrão do “não sei de nada, não sabia” e outras aleivosias tem sido marca registrada deste governo do PT.
Declarações folclóricas e infelizes fazem parte do discurso presidencial, que na maioria das vezes, deixa a seriedade e responsabilidade do cargo, para se perder em frases de efeito no momento, mas desastrosas, no seu conjunto.
No início da semana em uma solenidade na Petrobrás, o Presidente Lula, destilou uma verborragia contra os Estados Unidos e a Europa, próprias de um Hugo Chavez, tal a virulência das palavras.
Quando assistimos à reportagem na TV, pudemos aquilatar a falta de diplomacia de um Chefe de Estado, atacando com palavras impróprias aos Estados Unidos, a maior economia do mundo e ao grupo Europeu, o segundo bloco econômico do planeta.
O Presidente em seu ufanismo desafiou ao FMI, às forças econômicas, como se o nosso país fosse o mais poderoso economicamente.
Um desatino que não tem explicações. Basta ver a valorização do dólar no câmbio internacional, para sentir a fragilidade de nossa economia, mesmo com a reserva de dólares, que na verdade significa muito pouco em termos internacionais.
A economia tem postulados que são determinantes em qualquer país do mundo. O Estado não pode gastar mais do que arrecada. O governo federal é criticado a todo instante por economistas e analistas econômicos pelos gastos excessivos do poder público.
Lula herdou de Fernando Henrique uma economia preparada para o crescimento e desenvolvimento. Não mudou nada do que vinha sendo praticado, talvez por falta de competência dos seus pares. Deixou o barco correr e o país, baseado na política econômica neo-liberal de FHC, cresceu e conseguiu uma estabilidade econômica relativa.
Talvez “por não saber de nada” Lula não se meteu na economia e deixou nos cargos chaves do setor econômico, ministros que seguiam a orientação de FHC no setor privado. Assim foi com Furlan, Meirelles, Miguel Jorge, Roberto Rodrigues e outros do menor escalão, que foram o sustentáculo do atual governo.
Não é novidade para ninguém que o PT não tem quadros preparados para governar. É muito diferente ser agitador e dirigente sindical do que ser administrador e planejador. São atividades distintas.
Estes fatos são comprovados até nos governos municipais quando assumidos pelo PT. Há gritante falta de gente preparada para governar.
A crise econômica mundial já atingiu o Brasil. Primeiro com a valorização do dólar. Com a alta dos juros no sistema financeiro. Com a estagnação dos negócios, com a greve dos bancários. Em Presidente Venceslau os negócios com veículos e outros setores estão paralisados. Os frigoríficos da região que compravam à vista e agora pedem prazo. Um perigo para os pecuaristas que não devem cair neste canto de sereia. Tomem cuidado.
Falta agora assistir mais uma vez pela Televisão o Presidente Lula, com sua retórica cheia de palavras raivosas, e fazendo cena, tentar justificar e dizer que mais uma vez não tem culpa, “porque não sabe de nada”.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

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