segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PALAVRA DE CANDIDATO

A paciência de quem assistiu a longa sessão do Superior Tribunal Federal realizada durante a semana e apresentada pela TV fechada foi premiada com uma importante lição. Os magistrados da mais alta corte do país, julgaram a procedência do pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros que visava impedir que políticos que respondem a processos se candidatassem.
O resultado foi pela improcedência do pedido, mas ensinou à toda sociedade brasileira, que os ministros pelas explicações na hora do voto, obedeciam a um preceito constitucional. Citaram o fato de que o Congresso Nacional é quem faz as leis. Vale lembrar que a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados já aprovou texto proibindo candidatos de “ficha suja” de disputar futuras eleições.
A lição é a de que os políticos que têm problemas com a justiça, não importa em que fase do processo, poderão ser “cassados e punidos”. Este é o sinal da Justiça para aqueles que pregam a “transparência e a dignidade” em suas manifestações. Fingem ignorar que os atuais processos que carregam em suas fichas, fazem parte da vida pregressa.
Comemoram com estardalhaço o fato de que “podem ser candidatos”. Uma desfaçatez e cinismo inigualáveis. Como se a “obrigação de ser honesto, honrado e probo” fosse uma virtude. Vale a comparação sobre aquele que deve e paga a sua conta e depois se vangloria deste fato. Atitude própria dos maus pagadores que pensam ficar impunes para o resto da vida. Pagar funcionários em dia é obrigação de quem os emprega e não virtude.
O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Brito, recomendou durante a semana “que os brasileiros votem em candidatos
com passado limpo”. Sugeriu “que os eleitores busquem o máximo de informações sobre a vida do candidato antes de decidir em quem votar”. Será que isto é” determinar” que portadores de ficha suja sejam candidatos.
A propaganda feita pelo TSE no rádio e televisão, muito sugestiva por sinal, prega o cuidado para o eleitor não “ perder uma oportunidade pode fazer você perder muito tempo.” – Complementa –“a sua cidade vai perder quatro anos. E quatro anos é muito tempo”.
Não somos nós que estamos afirmando por convicções eleitorais. È a própria justiça eleitoral se manifestando em sua propaganda oficial.
Presidente Venceslau perdeu muito nos últimos anos pela ineficiência política de líderes ambiciosos que obedecem a desejo pessoal sem pensar na comunidade. O povo já sentiu na pele a “ contribuição” que deram e continuam dando ao município.
Para finalizar é salutar acreditar que a Justiça Eleitoral está vigilante na fiscalização do pleito e certamente vai impedir que recursos ilícitos sejam empregados na campanha, como denunciou recentemente o prefeito Malacrida logo após convenção do seu partido.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

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