segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

OS POLÍTICOS

Quem não se surpreende, de repente, com pensamentos sobre o que ocorre à sua volta. Todo ser pensante e inteligente desenvolve o seu raciocínio e procura chegar a um juízo de valor. Os mais diferentes temas ocupam nossa mente. Desde os mais simples até os mais intrincados e complexos. O que para uns é simplicidade para outros é dificuldade. E assim vamos levando a vida e desenvolvendo os pensamentos. Alguns escrevem estas reflexões. Outros a guardam para si.
Estou no grupo dos que gostam de externar seus pensamentos. Não pretendemos ser os donos da verdade. Daí o pedido antecipado de compreensão sobre o que vou descrever fruto de um pensamento.
Penso sobre políticos. Aqueles que fazem da política um meio de vida. Tudo que fazem é com segundas intenções. Os tapinhas nas costas, os cumprimentos, o sorriso, aquela pseudo-satisfação quando encontra alguém e a promessa permanente de que tudo vai melhorar e que os problemas serão resolvidos.
É evidente que existe um objetivo a ser alcançado. O poder público. Mesmo que os meios para tal sejam os mais abjetos possíveis. Intriga, traição, meias verdades e toda sorte de artimanhas que existem em um arsenal de levar vantagem. Não importa se o companheiro que o alavancou fique magoado. Chegou a hora de deixá-lo se afogar. Dane-se... Agora é preciso se afastar para ocupar o seu lugar. Pensamentos maquiavélicos são o norte de toda ação.
Para alguns políticos a repetição da dose não causa constrangimento. Se não pode voltar ao cargo, vai impor alguém, desconhecido, que certamente rezará pela sua cartilha. Se assim não fizer, será abandonado e espezinhado. Afinal, fica mais fácil atribuir a culpa a outrem e passar a trabalhar nos bastidores para minar o ex-aliado. O sucesso de quem foi ungido não interessa. Poderá atrapalhar nas próximas eleições. Ele deve ser o candidato.
Afinal, recursos não faltam. Políticos distantes estão colaborando. Trabalhar é verbo de conjugação difícil. Derruba suor. Conversa agradável é mais suave. O esforço é mínimo. O prestígio é grande e o voto é certo. O povo gosta de ser agradado, abraçado, cumprimentado, bajulado, enfim enganado.
Ah! O povo. Pobre povo. Este tipo de político não se preocupa com ele. Quer apenas o seu bem estar e o de sua família. Todos empregados. Não traz nenhum benefício palpável e real. É orgulhoso, soberano, dono da verdade. Veste o figurino da lealdade, ética, moral e outros adjetivos qualificativos da sua prepotência.
As reflexões são assim. Desnudam nossos pensamentos. Nem todos gostam de revelar. Mas alguém sente esta dívida com a comunidade e expõe o que pensa, para no futuro não se sentir omisso. Um final de legenda de filme.... Qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

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