sábado, 16 de fevereiro de 2008

IMPRESSÕES

Estive na tarde de quinta-feira, na hora do temporal, no gabinete do prefeito Ângelo Malacrida. Fui atrás da informação sobre o convênio entre a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Segurança Pública, que delega ao estado e conseqüentemente à polícia militar o poder de multar no trânsito.
Na assessoria administrativa, fui muito bem recebido e tive a informação de que o município tem em mãos o convênio até o ano de 2.006. Daquela data até agora, pelo menos nos arquivos municipais, não existe nenhum documento. O procedimento para a prorrogação do convênio é de que o Município envie a documentação necessária solicitada pela Segurança Estadual.
Compete a ela providenciar a confecção do documento a ser assinado pelo prefeito e secretário. Em 9 de novembro de 2.007, a documentação foi enviada pelos Correios com “AR” (aviso de recebimento), que foi recebido no dia 13 de novembro de 2007. A Prefeitura Municipal cumpriu a sua parte e está esperando o retorno até agora, apesar de cobrar reiteradamente a documentação. Malacrida disse ainda que é favorável à municipalização do trânsito, esperando que a Câmara Municipal aprove o Projeto que enviou nesse sentido.
Em suma, até agora a existência do convênio é duvidosa, eis que houve um chamado da Secretaria para que o prefeito vá a São Paulo assinar. Agora, depende da data deste documento, eis que na Prefeitura a documentação existente atinge até junho de 2006. Fica aí a dúvida que o vereador João Cola levantou na Câmara Municipal sobre a legalidade das multas aplicadas pela PM, durante este período.
No gabinete, que não conhecia devido ao meu afastamento das lides jornalísticas, tive uma boa impressão sobre o prefeito, com quem tive pouquíssimas oportunidades de conversar, desde que assumiu o cargo. Foi aberto ao diálogo, ao contrário de certos políticos, que vêem em quem não é seu partidário, um inimigo.
Olhos nos olhos, o prefeito transmitiu sinceridade. Disse das dificuldades de governar uma cidade cheia de precatórios que inibem a capacidade de investimentos. Também do emperramento da máquina administrativa eivada de vícios de governos paternalistas no passado. Das dificuldades criadas por lideranças populistas que tentam influenciar e modificar ordens dentro do próprio governo. De resistências partidárias ao diálogo com outras forças políticas, que podem eventualmente ajudar o governo municipal.
No diálogo, sempre a preocupação com os estragos que a chuva poderia fazer no Jardim Europa, Parque Nico Moré e Jardim Ipanema. Disse de mudanças que fez e fará no primeiro escalão, visando melhorias na limpeza pública.
Afirmou que é pré-candidato à reeleição mesmo diante de dificuldades partidárias e que acredita que no final de tudo será o escolhido para disputar o pleito municipal, pelo seu partido.
Enfim, no final do diálogo a impressão que ficou foi a de que o prefeito Malacrida é muito bem intencionado, com sinceridade de propósitos e se mais não conseguiu foi porque lhe faltou uma sustentação partidária e apoio de lideranças que lhe faltaram nos momentos decisivos do seu governo.

Clóvis Moré
Jornalista Profissional

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