quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

                           FIDELIDADE PARTIDARIA

                              O tema virou moda e instrumento para ameaças. Quanto mais se aproxima a posse dos novos eleitos, prefeitos, vice e vereadores, alguns diretórios paridários estão ameaçando com palavras e até mesmo por escrito, que vão adotar a fidelidade partidária contra os que desobedecerem suas ordens.
                               Usam do expediente anti-democrático para exercerem uma tutela ditatorial sobre aqueles que conquistaram nas urnas, através do voto direto e intransferível dado pelo povo, o direito de representar a parcela da comunidade que os elegeu.
                               Especificamente em Presidente Venceslau, à boca pequena há o comentário de que um  político, talvez um dos mais importantes da história municipal, e que sempre disseminou que é um " democrata autêntico" tenha ameaçado um vereador eleito pela primeira vez, com a possibilidade do seu partido puní-lo por "infidelidade partidária" se não votar no candidato à Presidente da Câmara Municipal da coligação perdedora das eleições municipais.
                               Quando soube da informação não acreditei, eis que sempre considerei o tal politico como a "maior expressão" da história que há 50 anos tenho vivenciado em nossa cidade e pelo qual sempre tive enorme admiração, pelo muito que fez por Presidente Venceslau.
                                Tanto que não comentei o assunto, por não acreditar e até já havia deixado nas sombras do passado.
                                 Mas, para minha surpresa, em contato com o vereador eleito do PSDB, Mestre Tota, soube que o partido está fazendo uma pressão muito grande sobre sua futura atuação parlamentar, inclusive sobre seu voto para Presidencia da Câmara Municipal.
                                 Disse o vereador que já esteve na câmara municipal e que que agora volta, que não compreende este posicionamento do PSDB e fez queixas de que na campanha municipal não obteve apoio nenhum do partido e que a sua eleição foi obtida graças ao trabalho que exerce na periferia e do qual não vai abrir mão durante os próximos anos.
                                Estes episódios são realmente desalentadores e anti- democráticos e revelam um comportamento diferente dos que estamos acostumados em Presidente Venceslau. Os dois passam pela coligação perdedora e que declarou pela imprensa que vai ser oposição.Aliás, um direito adquirido pelos votos, mas que deve ser exercida de forma responsável e que ajude ao municipio.
                                A nossa política sempre foi praticada em um patamar muito elevado, comandada por vários anos por este homem que sempre admirei e cujos atos e atitudes pós-eleitoral estão deslustrando uma biografia extraordinária e que sempre foi um orgulho para Presidente Venceslau em âmbito regional.
                                Em um espaço de tempo nos quais todos sabem que há conchavos e arranjos politicos,para a formação do novo governo, para a eleição do novo Presidente da Câmara Municipal, é recomendável que tudo seja feito com astucia e argumentos que evidenciem, que o jogo politico é uma "arte "  e não um "caudilhismo" em que as vontades totalitárias sobrepujem o livre arbitrio daqueles que foram ungidos nas urnas e iniciam os seus mandatos  no dia 1o. de janeiro de 2013.

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