quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

                   PROFESSORA BOTINHA - A 'PATRONA'  DA APAE

             Surpresa,  perplexidade, incredulidade, impotência, perguntas sem respostas  e tantas coisas girando pela cabeça e por ultimo ; a vontade de chorar.
             Ainda com o coração partido pela perda do amigo Ildefonso, recebí logo pela manhã em um telefonema de minha filha Cristina, a notícia de que a Botinha havia morrido de enfarte.
              Como ? Indaguei para mim mesmo. Estivemos ontem até as 17:30 hs. no Fórum local, onde a professora Hilda Campos, me abraçou, falou do seu entusiasmo pela minha recuperação, elogiou a beleza da Cristina. Estava feliz com a reunião feita como  Dr. André Felício, onde tratamos de assunto delicado da vida comunitária.
              Cheia de vida, elegante, bonita e guerreira estava alí ao meu lado a querida Botinha de tantas lutas pela APAE e por tudo que disssese respeito ao bem da cidadania venceslauense. Para ela não havia obstáculos.Lutava e lutava, a boa batalha daqueles que buscam e perseguem os seus objetivos.
               A nossa vida é mesmo uma grande caixa de surpresas. Quando ainda no úteo materno, começamos a morrer. Todos nós. A unica certeza é a morte.
                Mas, quanto é dificil conviver com ela, que a todo momento mostra a sua força e prerdominância. Deus é o Senhor de nossas vidas e dela dispõe da maneira como acha melhor para nós.
                 Botinha foi e será sempre uma pessoa especial. Professora primária, estava aposentada e foi uma das fundadoras da APAE, onde exerceu o cargo de Presidente e sabia tudo sobre a entidade, eisque nunca deixou de pertencer à diretoria. Zelava pela APAE com o cuidado e carinho que com sua filha Cláudia. Quantas vezes foi até a minha residencia e junto com a Maria Luiza, discutimos longos assuntos ligados à entidade.
                 Teve uma participação fundamental nos ultimos episódios que permaneceram em sigilo na imprensa sobre a vida diretiva da entidade. Cobrava providências. Insistia. Lutava.  Esperneava, ficava nervosa, diante do que via e sabia. Não desistiu e sua luta certamente beneficiará a entidade, mesmo depois de morta.
                  Foi vítima de  um episódio pessoal que poucos sabem. Há poucos anos atrás sofreu um sequestro em um caixa bancário da cidade,  que lhe trouxe um trauma que a acompanhou nos ultimos tempos e lhe rendeu muito sofrimento.  Tinha momentos de profunda depressão quando se lembrava do ocorrido. mas, mesmo assim, não desistia de suas idéias e com resolução ía à procura do que achava melhor.
                  A comunidade que se preza, tem que dar valor aos que lutam por ela. Certamente, Botinha vai receber muitas homenagens e quero ser neste momento portador de uma delas, com estas palavras de agradecimento ao muito que faz pelas crianças que ensinmou como professora e pela APAE, da qual será para mim a "ETERNA PATRONA". Deus a tenha querida professora Ilda- Botinha-.
                               

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