Começa a se fechar o círculo para os políticos que no exercício de mandatos eleitorais tiveram contas rejeitadas pelos Tribunais de Contas. A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados aprovou parecer sobre mudança na Lei de Inelegibilidade, do senador Tasso Jereissati (PSDB), que tenta reduzir a eleição de candidatos a qualquer cargo, que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos e funções rejeitadas.
Hoje, basta que o candidato com contas suspeitas obtenha uma liminar na Justiça ou entre com um recurso no Tribunal de Contas da União (TCU) para poder se candidatar. Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), modificou sua interpretação para vetar a candidatura daqueles alvos de processo transitado em julgado.
Muitas vezes, interessados obtém a petição em qualquer instância, até mesmo no juiz de sua comarca e conseguem sustentar suas candidaturas. Com a mudança na lei, agora proposta, haverá a garantia contra eventual retorno, no futuro, da interpretação hoje superada.
Podem ser eleitos, para novo mandato apesar de terem cometido gravíssimas irregularidades no exercício de mandato anterior, com as contas rejeitadas pelos Tribunais e câmaras municipais, o que se constitui em uma aberração.
Até que enfim, as nossas autoridades maiores estão tomando as providências necessárias para impedir que desmistificadores voltem aos cargos antes exercidos sem a necessária probidade.
Contas rejeitadas pelos Tribunais sempre contêm desrespeito à lei vigente e aqueles que assim agem têm que ser impedidos de voltarem a cometer os mesmos atos. A aceitação das candidaturas destes políticos é um incentivo aos falsos moralistas, populistas, que agem como se estivessem acima de tudo e de todos.
Como diz Alexandre Garcia “nossas safadezas são públicas e notórias. Saímos de um escândalo apenas para entrarmos noutro, como uma corrida de bastão”. - Vai mais além - “são os políticos que viraram milionários só com os salários do serviço público. Quem não teve família que ensinou os princípios morais, acha que também tem o direito de fazer e vamos afundando no círculo vicioso” – arremata.
Nada mais verdadeiro. È um ajudando o outro na eleição, depois falando em traição mútua, tirando a culpa da responsabilidade e afirmando com a maior desfaçatez que estão “trabalhando para o povo”. Pobre povo que em tudo acredita. Até que enfim, surge esta luz no final do túnel, para tirar estes “camaleões” que fazem da atividade política uma maneira de viver sem trabalhar.
Clóvis Moré – Jornalista Profissional
segunda-feira, 28 de abril de 2008
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