A posse dos 30 membros da Academia Venceslauense de Letras – AVL – teve uma cerimônia simples e singela. Queria ser um poeta para descrever em verso e prosa aqueles momentos de pura emoção. Não sou capaz. Sou um simples jornalista. Como narrador de notícias, vou tentar sintetizar o que aconteceu no salão de festas da Cristina.
Uma noite que teve a marca da personalidade do idealizador da academia, Inocêncio Erbella. Nada de pompa. Até o sistema de som era do tipo antigo. Apenas uma caixa de som com um amplificador. O púlpito, emprestado, tinha uma foto do nosso querido Mirante como ilustração.
Cheguei um pouco antes. Um hábito herdado dos meus tempos de repórter da querida Rádio Presidente Venceslau, para ver como estava o som e ajudar na preparação de pequenos detalhes para o uso do microfone. Estava tudo pronto.
Pela arrumação das mesas podíamos sentir que a solenidade seria em um ambiente familiar. De congraçamento. Afinal, este é o espírito pelo qual a academia foi criada. Como a casa de cada um. O lar de cada família. De união, de fraternidade, de amizade, de trocas de idéias, de bate-papos. Enfim, um aconchego.
Músicas do “rei” orquestradas, executadas pelo seu admirável maestro, irradiavam um fundo musical de encantamento. Tudo com simplicidade. Assim foi o início da sessão com a formação da mesa, enriquecida por representantes de academias do Mato Grosso do Sul.
O apresentador de Presidente Venceslau, com a sua bela voz, compôs a mesa principal sob a Presidência do Acadêmico Aldir Soriano, que abrindo a sessão foi o primeiro a ser empossado. Como todos fizeram posteriormente apresentou o seu patrono.
Um fato foi marcante. A pluralidade revelada durante a posse pelos integrantes da Academia. Não houve repetições. Uma infinidade de pensamentos e ideologias desfilou perante os presentes. E a agradável e feliz constatação. Quanta cultura e inteligência habitam os lares de Presidente Venceslau. Tanta gente culta de grande saber e filosofia de vida, que foram externadas nos currículos e na apresentação dos patronos.
Patronos que foram exemplos notáveis de conhecimento, de sabedoria, de estilos de vida, de amor à democracia, às letras, à filosofia, ao empreendorismo e, sobretudo, de amor à Pátria. Cada um dos membros da academia buscou em seu patrono um exemplo de sua vida. Uma demonstração de valores subjetivos que encontraram naquele momento a oportunidade para serem expostos.
Os acadêmicos em sua maioria alquebrados pelo tempo, alguns chegando amparados ao púlpito, não escondiam a alegria e quando falavam transbordavam toda emoção contida no peito. Momentos inebriantes que revelaram toda a grandeza deste ser maravilhoso, que ó homem criado por Deus.
Uma noite feliz para todos. Inesquecível para nossos corações. De simplicidade e de grandeza. Quem escreve, por menor que seja a palavra ou a frase, sente que a inspiração vem de Deus. Flui pela alma. Chega ao papel por uma força invisível que nos guia o pensamento. A Academia Venceslauense de Letras, que terá outros ocupantes quando estes se forem, com certeza abrigará pessoas que amam as letras, a liberdade, a democracia, a união, o progresso, a fraternidade, a família, a sociedade, as religiões e, antes de tudo, Cristo o maior de todos os acadêmicos.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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