sexta-feira, 17 de abril de 2009
Z U Z A
Conheci João Rondó Filho, Zuza, ainda criança. Ele jogava futebol pela
antiga Associação Atlética Venceslauense. Em um derby Corinthians e Associação, estava eu, atrás do gol de entrada do Parque São Jorge, e o Zuza foi bater um tiro de meta. Torcedor fanático do Corinthians como até hoje sou, junto com a molecada dava vaia no Zuza, que fazia cera para bater na bola.
Com a sua irreverência Zuza, “tirava o sarro” em todos nós, porque a Associação estava ganhando o jogo, demorando o mais que podia para bater o tiro de meta.
Os anos passaram e o Zuza foi um dos meus grandes amigos em tudo que dizia para o bem de Presidente Venceslau. Era o pai de todos. Emprestava dinheiro, fazia mudanças, arrumava veículos em sua oficina, ajeitava empregos, enfim tudo que um pai pode fazer pelos seus filhos.
Teve sempre uma vida comunitária participativa e amava esta terra como ninguém. Foi homem público ocupando cargo de relevância na administração municipal com muita competência. Tratava os funcionários como “gente” dando valor ao ser humano. Inclusive foi candidato a vice-prefeito junto com seu amigo dileto Tufy.
Empresário de sucesso, de tanto ajudar aos outros, acabou nos dias finais de sua vida passando por momentos de dificuldades, que enfrentou com dignidade e coragem.
Nos últimos anos um gravíssimo problema renal, tornou dolorosa e difícil a sua rotina diária. Mas, ele nunca desanimou. Nas últimas eleições estivemos lado a lado, para tentar mudar Presidente Venceslau.
Um homem verdadeiro. Leal com seus amigos. Não ameaçava e nem falava mal de ninguém. Cumpria o dever de amigo, preferindo o silêncio quando algo não lhe agradava. Acreditou sempre que um amigo tem que ser prestativo e servir ao outro quando solicitado.
Particularmente, só posso elogiar o “bichinho” como chamava a todos nós.
Esta nossa vida é marcada por uma única certeza. A de que a morte é inevitável
Mas, é sempre difícil e doloroso quando parte alguém a quem amamos.
Descanse em paz, junto do Senhor, querido amigo Zuza.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional.
terça-feira, 14 de abril de 2009
ELEIÇÕES DA SANTA CASA
Daí, o alerta que estamos fazendo. Apelando para os que têm sensibilidade e amor a esta cidade e ao seu povo, para que colaborem a dêem as suas participações neste momento delicadíssimo.
As eleições marcadas para o dia 26 deste mês, às 9h, no anfiteatro da Faculdade escolherão os futuros mandatários da entidade.
Acredito que em nenhuma situação anterior ocorreu o que acontece agora. Há uma liberdade total para todos, que desejarem participar, votando e candidatando-se, para a Conselho Deliberativo e à diretoria do nosocômio.
È um momento sumamente importante para o nosso futuro. Saúde é o principal em nossas vidas. Sem saúde não existe vida.
Faço um apelo aos homens de boa vontade de Presidente Venceslau para que se juntem aos que tentam reerguer o hospital e inscrevam-se para disputar as eleições.
Há um prazo regulamentar previsto pelos estatutos de 10 dias antes para a inscrição de chapas que pretendam disputar as eleições.
Temos certeza que não haverá disputa alguma. Todos vão se unir àqueles que pretenderem dirigir o hospital e terão o respaldo amplo e irrestrito de todos que pensam no bem de nossa gente.
O prazo para as inscrições vai até o dia 16 de abril às 18h. A diretoria de transição está ao dispor de quem pretender esclarecimentos sobre o hospital.
A nossa Santa Casa é viável. Há uma corrente positiva de apoio aos que puderem dedicar um pouco do tempo disponível para dirigi-la.
Haverá apoio político, da imprensa e das forças vivas da cidade a quem se dispor a dirigi-la e mudar os destinos do nosso único hospital.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
segunda-feira, 30 de março de 2009
“ R E F L E T I N D O “
Mas, o dever profissional e de cidadão, obrigam-me a discorrer sobre dois assuntos de interesses comunitário e sócio-econômico.
Digo, neste início, que a preocupação deste artigo não é de críticas e sim de sugestões que possam servir para futuras situações análogas.
No primeiro tópico, causou surpresa o silêncio oficial, digo do poder Executivo em relação à morte de duas pessoas de grande significado para nossa comunidade, ocorridas nos últimos dias.
Paulo Karazawa e Eulálio Estrela Soriano, tiveram trajetórias de vidas semelhantes e representam no contesto social, o que de melhor existe dentro de Presidente Venceslau.
Homens de ilibadas idoneidades, benfeitores, pais de famílias, exemplos de cidadania, tiveram seus passamentos sem nenhuma manifestação oficial.
Como muitos sabem não podemos ignorar a importância destes dois cidadãos em todos os setores da comunidade. Karazawa e Soriano são famílias de raízes históricas. Dois patriarcas de escol.
Nenhum ato oficial, nenhuma manifestação de pesar por nenhum dos dois. Onde está a assessoria do Paço Municipal, que silencia sobre assunto de tal magnitude. Estes atos devem ser orientados por aqueles que cercam sua Excelência, o prefeito municipal.
O outro assunto diz respeito à situação do Frigorífico Independência. Também, silêncio absoluto, até agora.
Repito. Nenhuma linha da assessoria municipal, sobre qualquer ato político-administrativo que possa ajudar a reverter a situação angustiante de 780 empregados da unidade local.
Onde estão os políticos? Prefeito, vice-prefeito, vereadores, deputados federais e estaduais que obtiveram votos destes trabalhadores e de suas família.
O Independência hoje, oferta o maior número de empregos do município e tem o maior entreposto de carne da América Latina em nosso município.
Não importa como, mas merece manifestações favoráveis para que não paralise as suas atividades. Não é preciso ser um superdotado para saber de sua importância sócio-econômica.
São estas as reflexões que colocamos e que não conseguimos estancar subjetivamente, para não incorrer no erro da omissão, que muitas vezes é imperdoável.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
terça-feira, 24 de março de 2009
PAULO KARAZAWA – BENFEITOR DA COMUNIDADE
“Dar, sem olhar a quem”. – Presidente Venceslau, perdeu no final de semana, um dos seus mais importantes cidadãos.
Toshio Yokoyama, 75 anos de idade, o Paulo da Karazawa, como era chamado e conhecido.
Um benfeitor da comunidade. Acredito que na última década, um dos maiores doadores de tudo que precisava de ajuda dentro da cidade e até mesmo fora dela.
Tinha prazer em ajudar. Creio, que não existe nenhuma obra de benemerência edificada neste torrão, que não tenha sua participação.
Quando alguém pensava em campanha para auxílios, o primeiro local a ser visitado eram as Casas Karazawa. Todos sabiam que ali seriam atendidos.
Este grande amigo de todos nós partiu. Deixa uma enorme saudade e uma lacuna impreenchível dentro da comunidade.
Os seus amigos surpreendidos pela rapidez do desenlace, estupefatos, não compreendiam o “porque” de tudo que estavam vendo e sentindo.
Entretanto, Deus é sempre magnânimo, com aqueles que são bons. Paulo, aparentemente, não sofreu. Quando digo isto, penso nestas doenças terríveis que prostram as pessoas por longos períodos em um leito.
Falar da grande pessoa humana que foi, é uma redundância. Amou esta terra como ninguém. Veio da roça e no comércio construiu uma das mais belas lojas da cidade. Casado com uma mulher admirável, a Dona Ana,criou seus 4 filhos e sofria muito pela desaparecimento prematuro do seu primogênito.
No comércio e depois na pecuária sempre primou por vender o melhor. Seus produtos sempre foram de qualidade.
Um exemplo de cidadão e de homem de negócios. Fui um dos privilegiados por contar com sua amizade durante mais de 45 anos.
Amigo leal, discreto, firme, ponderado, bom conselheiro, nunca traiu a confiança daqueles que lhe confiavam a sua amizade. Posso dizer sem medo de errar, que devo muito a ele, que me apoiou em negócios e na vida cotidiana.
Escrevo estas linhas com o coração e emoção, eis que existem pessoas que marcam definitivamente as nossas cidades e delas não poderemos esquecer, jamais. O Paulo é, e sempre será, nosso eterno amigo.
Deus em sua infinita bondade e sabedoria, já deve ter acolhido no céu, aquele que na terra só soube praticar a caridade. Deus o tenha, querido amigo Paulo Karazawa.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
segunda-feira, 23 de março de 2009
PAULO FRANCIS - CLARO E OBJETIVO
Li seu brilhante artigo de ontem. Fique feliz, pela sua sabedoria e preocupado pelo conteúdo.
O que escreveu é a pura realidade, infelizmente. O nosso mundo político, inclusive o local, é o cenário do que relatou com incrível clarividência e objetividade.
Estou mais uma vez orgulhoso, por você. E, ainda mais, por ter sido forjado na escola que foi para todos nós a Rádio Pres. Venceslau-AM.
Você sintetizou com maestria, o panorama político de nosso país em sua totalidade.
“Aqueles” que negavam ser “políticos” antes, se incorporam rapidamente dos “hábitos”, e passam à prática dos erros que juraram combater.
Empreguismo, acordos feitos nos bastidores, afloram agora, para decepção da população que acreditou nas mudanças.
Como você disse – “ as intenções pessoais destes postulantes, comprometem a chamada “ democracia”.
A democracia é a essência pela qual os homens de bem, lutam por acreditar em seus postulados.
A tua análise sobre as Forças Armadas e os movimentos populares é perfeita. A primeira diminuindo seu efetivo e poderio. O segundo aumentando seus militantes e ameaçando o direito de propriedade de todos e de tudo. Inclusive do poder público. Alerta sobre o perigo de guerrilhas.
Dos bandidos e assaltantes que abarrotam cadeias e das indenizações milionárias de antigos guerrilheiros, o seu raciocínio foi abrangente.
Na tua análise abordou com coragem e perspicácia a figura presidencial dúbia e perigosa, que joga com afagos aos “companheiros” presidentes do Continente sul-americano.
Poucos têm a coragem de escrever desta maneira. O nosso país está sendo “espoliado” com as doações feitas, como a refinaria citada.
Tudo que escreveu é a pura realidade. Você e os leitores devem ter notado que parei de escrever nos últimos meses. Foi por decepção.
O seu artigo me deu ânimo. Tanto que escrevi estas linhas logo depois.
Você foi claro, sim. Meridiano, conciso, objetivo. Disse a verdade.
A verdade não merece castigo. Parabéns.......
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
segunda-feira, 16 de março de 2009
RONALDO, O PACIFICADOR
“O fenômeno” como é chamado é o assunto das amenidades e paixões que permeiam o mundo da bola.
Desde a sua contratação pelo Corinthians, que é amado e o odiado nas mesmas proporções como time de massa, Ronaldo é notícia de manhã à noite.
Chamou a atenção pela sua proeminente “barriga”, alvo de piadas e gozações em todas as rodas.
É lógico, quem não é corinthiano é contra e Ronaldo ficou alvo de tudo que pudesse desmerecer o “timão”.
Mas, justiça seja feita. Desde que entrou em campo pela primeira vez, a nação brasileira uniu-se em uma única vontade: a recuperação do homem gol, do segundo maior jogador da história da bola do país.
Não importava a cor da camisa. A paixão clubística. Todos queriam ver Ronaldo recuperado. E de que forma: marcando gols. Mesmo contra o Palmeiras, o arqui-rival do timão. A torcida do “verdão” não reclamou. Pelo contrário – aplaudiu.
E Ronaldo correspondeu. Marcou os gols que todos esperávamos.
E pode marcar muito mais com a camisa que todos amam... a da seleção brasileira. Isto se o “cabeça-dura” do Dunga deixar. Ninguém tem o faro de gol, igual a ele.
Uma verdade importante. Ronaldo, “pacificou” o futebol. Os dias de sua volta, foram de alegria, de admiração, de respeito, de torcida pela sua recuperação, de todas as torcidas.
Como figura humana, Ronaldo é pura simplicidade. Um comentarista emérito, que tem lugar na cabine de qualquer rádio ou tv do Brasil.
Conhece futebol como ninguém. Na prática e na teoria. Somos privilegiados por ter a chance de rever Ronaldo, um dos maiores goleadores da história futebolística do Globo em todos os tempos.
Ronaldo é do Brasil, como Airton Senna, Pelé, Guga, Eder Jofre, Garrincha e tantos outros orgulhos nacionais nos esportes.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
REQUIEM PARA O AMIGO QUIRINO
Não poderia deixar de escrever algo sobre o ex-prefeito de Presidente Epitácio, Antonio Quirino.
Lembro do Quirino na década de 80, quando transmitia notícias de sua cidade no Rádio Jornal da Rádio Presidente Venceslau AM, da qual éramos Diretor.
Com a notoriedade de porta-voz de Roberto Bérgamo, que marcou o início de uma nova era nas administrações epitacianas, rapidamente viabilizou seu nome como candidato à prefeito.
Resultados de pesquisas demonstraram que seria imbatível e foi o que aconteceu.
A partir de 1.988 foi eleito prefeito e governou sua cidade com a mesma seriedade e lealdade com que tratava os amigos.
Junto com o Moacyr Bento pude desfrutar de sua amizade e do convívio sempre alegre dos nossos encontros.
Era só alegria quando havia a oportunidade de estarmos juntos. Terminou seu mandato em 1.992, com resultados palpáveis em obras e ações que melhoraram a Jóia Ribeirinha, transformada em “Estância Turística”.
Há sempre uma tendência nos dias atuais, das gerações mais jovens desconhecerem aqueles que fizeram o alicerce do presente em tempos passados.
Com a notícia de sua morte divulgada no “Fantástico” toda região foi abalada pela brutalidade e fatalidade no domingo.
É uma grande perda para todos nós. Independente de problemas políticos, que sempre existem para aqueles que ocupam cargos elevados, o nosso amigo Quirino deu a sua contribuição.
Homem simples, de trato agradável, palavra fácil e amizade sincera, deixa um grande vazio entre os seus amigos, entre os quais tenho a felicidade de ser um deles.
Que Deus o acolha, são as nossas preces.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional
PLURALIDADE DE OPINIÕES
Parece ter havido um despertar da cidadania entre estes missivistas que a miúde colocam suas letras em defesa do interesse público.
Denunciando, enaltecendo, criticando e opinando fazem crescer entre a população um sentimento de democracia que é essencial para o crescimento cultural e o desenvolvimento econômico financeiro.
Os meios de comunicação têm esta finalidade. Não podem ficar omissos. Quando uma TV, uma rádio, um jornal ou uma revista está circulando tem que trazer informação. Para que possa alertar aos interessados sobre o andamento do que ocorre em todos os setores da sociedade.
Toda pessoa tem dentro de si um espírito crítico. Não apenas no sentido de “falar mal”. Mas sim na análise individual sobre o que pensa de um determinado assunto.
Quando expõe suas idéias de maneira objetiva, exteriorizando em palavras faladas ou escritas as suas opiniões, encontrará sempre quem fará uma análise favorável ou contrária.
Daí se estabelece o confronto de opiniões e a procura por aquela que for melhor no sentido de favorecer à comunidade.
Estes debates que nascem das notícias são fundamentais para o exercício da cidadania e a prática da democracia.
Sei que sou às vezes criticado por ter este espírito combativo e que não agrada a muitos.
Mas também sei que em várias oportunidades consegui levantar notas de relevância para a vida comunitária, conseguindo um debate sólido e sadio sobre determinados temas.
Daí a satisfação em ver que outros cidadãos estão “escrevendo” manifestando suas opiniões e assim agindo estaremos formando uma corrente pluralista de opiniões, que certamente será o embasamento para a abordagem de problemas que afligem a todos nós.
E, quem sabe, com um pouco de participação de todos nós, encontraremos soluções que beneficiem a coletividade de um modo geral. Isto é o que pretendemos. Escrevam... Exercitem a democracia...
Clóvis Moré
Jornalista Profissional-