terça-feira, 10 de junho de 2008

SUCESSÃO MUNICIPAL

O mês de junho é decisivo para definir os candidatos que disputarão as eleições municipais. Até o dia 30 deste mês os partidos políticos deverão realizar suas convenções indicando os nomes que disputarão o pleito. Para prefeito, vice e vereadores.
Diante do calendário eleitoral em vigor, estão sendo mantidos entendimentos entre os diferentes partidos, visando composições para formar coligações. Estarão juntas as agremiações partidárias que defendem uma ideologia ou uma bandeira administrativa. De ideologia é muito difícil falar. As decepções neste campo foram tantas nos últimos anos que o assunto é na verdade uma utopia. Hoje esquerda e direita se confundem num processo em que os interesses pessoais são superiores aos pensamentos ideológicos.
O PT venceslauense, que está no poder, apresenta uma situação ambígua. De um lado o atual prefeito Ângelo Malacrida, candidato em potencial, que questiona a legalidade do diretório. Não aceita as regras impostas pelo ex-prefeito Osvaldo Melo, consequentemente nem mesmo a eleição do atual diretório. Malacrida fala abertamente que poderão surgir novidades em relação a este assunto.
De outro lado, Osvaldo Melo quer ser candidato e não esconde de ninguém o seu desejo. Ignora as alegações de Malacrida. Para alguns dos seus correligionários, nem mesmo os problemas que tem com a justiça, impedirão a sua candidatura.
Quem discute sobre política não pode deixar de fazer suposições sobre a situação do PT e das eleições municipais. O prefeito Malacrida, que nos últimos meses deixou de ter uma oposição tão ferrenha na Câmara Municipal, conquistando o apoio do PPS, aponta que não vai desistir de disputar a reeleição. Conta com o apoio do diretório do PPS, se for ele o candidato.
Osvaldo Melo vem mantendo constantes reuniões com o PV, PTB, PP e outras siglas, para efetuar coligações. Estes partidos, de olho no patrimônio eleitoral de Melo, pretendem a vice-prefeitura. Não querem perder a oportunidade, que pode surgir, numa eventual impugnação do candidato do PT.
Poder-se-ia usar o termo “oportunistas de plantão” plagiando o ex-prefeito quando se referiu em recente resposta dada ao vereador João Cola, que o denunciou ao Ministério Publico por irregularidades nas contas de 2.003.
Sabe-se que, em uma destas reuniões, Melo teria sido questionado se, caso fosse impugnado, cederia a “cabeça de chapa” ao vice escolhido. Melo teria negado tal possibilidade, que foi uma ducha de água fria nas pretensões dos possíveis aliados.
Todas estas demarches nas negociações têm retardado a definição do quadro eleitoral. É evidente que o PT, como ocupante do poder, tem papel preponderante nas definições. De seu posicionamento, dependem as estratégias do PMDB e PSDB, que acertaram coligação indicando seus pré-candidatos Erbane Erbela e João Monteiro para as disputas. Os dois partidos também têm conversado com as outras siglas, propondo coligações.
Os contatos têm sido feito à exaustão e isto faz parte do jogo democrático. A lei eleitoral indica prazos. É a prática da democracia.
Clóvis More - Jornalista Profissional

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