terça-feira, 10 de junho de 2008

CAMPANHA ELEITORAL

Comentamos nesta semana que o mês de junho é decisivo para a formalização das alianças eleitorais e definição dos candidatos para as eleições municipais de outubro.
Ao lado deste aspecto legal, determinado pelo calendário do TSE, o eleitor deve ficar atento às formas de como estão sendo feitas estas coligações nos seus variados aspectos. Sabe-se que em política há um autêntico “vale tudo” para se obter apoios.
Nos conchavos das reuniões ditas para se estabelecer quem apóia quem, quem se coliga com quem, surgem os mais variados temas que vão dar origem no futuro a composições que, na verdade, não são favoráveis ao povo, mas sim a quem as celebra.
É o famoso “toma lá dá cá com a contemplação dos aliados com cargos e benesses”. Neste jogo preliminar que está sendo disputado agora são originados os “acordos” que vão determinar boa parte dos futuros governos municipais.
Estamos em plena época de que para ganhar uma eleição os escrúpulos e posições passadas devem ser esquecidos em nome de uma falsa unidade, que só tem valor para a distribuição e loteamento dos futuros governos municipais. Este pensamento vale para todos os municípios do Brasil.
Presidente Venceslau não é exceção. Não foge à regra. Os “oportunistas de plantão” estão rondando os candidatos que podem disputar os cargos majoritários e procurando se aproveitar de um “pseudo” prestígio eleitoral para “negociar” fatias do poder. São as velhas raposas rondando os galinheiros.
O povo deve ficar alerta a estes políticos, que sempre estão prontos para negociar um cargo para um parente, um emprego para ele próprio, tirando proveito da situação política.
Deve também ficar atento aos “cabeças de chapa” e analisar nas suas atitudes pré-eleitorais as tendências que apresentam na escolha dos seus auxiliares e ver se realmente são pessoas competentes para os cargos pretendidos.
O posicionamento político nesta fase pré-convencional, a escolha do quadro de auxiliares, tem ainda um terceiro componente que não pode ser desprezado. O plano de governo.
Consiste na apresentação pelo candidato de metas que devem ser estabelecidas, as formas e meios como serão alcançados. E, antes de tudo a seriedade, sobre a real possibilidade de se alcançar estes objetivos.
Significa que devemos analisar as “promessas” que são passíveis de serem cumpridas. Mentiras e promessas falsas foram feitas nas campanhas municipais passadas sem que nada fosse cumprido. O povo já foi enganado à exaustão e o resultado todos conhecem.
Tenho escrito muito sobre política eleitoral nos últimos meses. Voltei de um longo ostracismo. Vim para cobrar. Não importa quem seja o vencedor. Tenho minha preferência. É um direito de cidadão. Mas não ficarei calado e omisso, diante de ninguém. O próximo prefeito a ser eleito em 3 de outubro terá neste jornalista um “cobrador” intransigente de suas promessas e planos de governo que defender em sua campanha eleitoral. Seja quem for. Chega de “promessinhas”.
Clóvis Moré
jornalista profissional

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