Arlinda –
a escritora da nossa gente
No sábado
a surpresa ao ler no Tribuna Livre que a meiga e adorada Arlinda Garcia de
Oliveira Marques nos deixo.
Da
surpresa à tristeza em poucos segundos.
Estava na
Estância São Judas Tadeu ao lado de Maria Luiza, onde tenho me distanciado de
tudo.
Não por
desilusão, mas a conselho médico, que recomenda a evitar situações que levam ao
stresse.
Arlinda,
poucos sabem, foi uma pessoa importante na minha vida. Ensinou a viver.
Quando
tinha 17 anos a conheci como escriturária contábil da antiga Pajé Chevrolet
pelas mãos do inesquecível Carlos Platzeck e do Teruo Shirassu.
Arlinda
tinha uma caligrafia linda, própria para os livros contábeis Caixa, Diário e
Razão que eram utilizados para controle das empresas.
Eu
cursava o técnico de Contabilidade no Colégio Comercial e aprendi muito com a
Arlinda.
Passei a
admirá-la e respeitar aquela mulher educada, gentil, alegre e amiga.
Naqueles
tempos Arlinda já mostrava pendores para a literatura e apoiada pela sua irmã,
a também adorável Ivanilde Garcia, proporcionou ao mundo literário
venceslauense a sua criatividade e competência
em obras que marcam a cultura de nossa gente.
Arlinda
viveu 89 anos de criatividade , de solidariedade, de amor à comunidade.
Era
conciliadora, boa conselheira, não fazia fofocas, pensava sempre em ajudar.
Foi um
ser humano digno de ser mulher, pois é na parte feminina que encontramos estas
qualidades.
Mãe da
Cristiane, esta grande técnica de basquete de renome nacional, Willian,
engenheiro elétrico e perito da Polícia Civil, e Ivi Ane, que é funcionária
exemplar da segurança.
Raulino,
o seu esposo, é um exemplo de amor, dedicação e carinho ao grande legado
intelectual que a querida Arlinda nos deixa.
Não pude
estar presente fisicamente ao lado do corpo de Arlinda, mas tenho a plena
convicção de que o amor que me dedicou a vida inteira, não só a mim, mas todos
venceslauenses, permanecerá como um exemplo.
O
escritor, o poeta, é um ser diferente, que faz da sua sensibilidade uma forma
de transmitir as suas preocupações e o seu amor em favor de um mundo melhor.
Assim foi
a frágil e doce figura humana da Arlinda, mas grande e generosa no seu coração
e na literatura. Descanse em paz.
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