terça-feira, 23 de agosto de 2016

Arlinda – a escritora da nossa gente

No sábado a surpresa ao ler no Tribuna Livre que a meiga e adorada Arlinda Garcia de Oliveira Marques nos deixo.
Da surpresa à tristeza em poucos segundos.
Estava na Estância São Judas Tadeu ao lado de Maria Luiza, onde tenho me distanciado de tudo.
Não por desilusão, mas a conselho médico, que recomenda a evitar situações que levam ao stresse.
Arlinda, poucos sabem, foi uma pessoa importante na minha vida. Ensinou a viver.
Quando tinha 17 anos a conheci como escriturária contábil da antiga Pajé Chevrolet pelas mãos do inesquecível Carlos Platzeck e do Teruo Shirassu.
Arlinda tinha uma caligrafia linda, própria para os livros contábeis Caixa, Diário e Razão que eram utilizados para controle das empresas.
Eu cursava o técnico de Contabilidade no Colégio Comercial e aprendi muito com a Arlinda.
Passei a admirá-la e respeitar aquela mulher educada, gentil, alegre e amiga.
Naqueles tempos Arlinda já mostrava pendores para a literatura e apoiada pela sua irmã, a também adorável Ivanilde Garcia, proporcionou ao mundo literário venceslauense a sua criatividade e competência  em obras que marcam a cultura de nossa gente.
Arlinda viveu 89 anos de criatividade , de solidariedade, de amor à comunidade.
Era conciliadora, boa conselheira, não fazia fofocas, pensava sempre em ajudar.
Foi um ser humano digno de ser mulher, pois é na parte feminina que encontramos estas qualidades.
Mãe da Cristiane, esta grande técnica de basquete de renome nacional, Willian, engenheiro elétrico e perito da Polícia Civil, e Ivi Ane, que é funcionária exemplar da segurança.
Raulino, o seu esposo, é um exemplo de amor, dedicação e carinho ao grande legado intelectual que a querida Arlinda nos deixa.
Não pude estar presente fisicamente ao lado do corpo de Arlinda, mas tenho a plena convicção de que o amor que me dedicou a vida inteira, não só a mim, mas todos venceslauenses, permanecerá como um exemplo.
O escritor, o poeta, é um ser diferente, que faz da sua sensibilidade uma forma de transmitir as suas preocupações e o seu amor em favor de um mundo melhor.
Assim foi a frágil e doce figura humana da Arlinda, mas grande e generosa no seu coração e na literatura. Descanse em paz.


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