Presidente Venceslau, pelas suas próprias condições climáticas, geográficas e qualificação e oferta de mão de obra, sempre teve um perfil agropecuário.
No passado, com o surgimento da ocupação da região Sorocabana, os pioneiros que desbravaram a região, caso das inúmeras famílias, entre as quais se encontram os nossos avós, Luquezi e Moré, o ritmo do machado na extração da madeira com o surgimento das lavouras e depois pastagens, foram as molas propulsoras do progresso, como de povoados desde Presidente Prudente a Presidente Epitácio,incluindo o Pontal do Paranapanema.
Estas circunstâncias favoráveis transformaram a nossa região em umas maiores produtoras de madeira, algodão, amendoim e carne bovina do Estado e na época do pais do próprio país.
É o que chamamos em economia, de setor “primário” – aquele produtor de matéria prima, que pode ser industrializada – é a extração de recursos naturais para que o processo de desenvolvimento seja iniciado.
Este perfil sócio econômico perdurou por muitos anos, até o começo da degradação das terras pelo seu uso indevido, pois somos os campeões em “ vossorocas e processos de erosão” como diz o nosso amigo piloto Artêmio Godóy, profundo conhecedor da topografia regional pelas milhares de hora que sobrevoou a Alta Sorocabana.
Com o ciclo do boi no meio do século passado, surgiram as industrias frigoríficas em todos os municípios do eixo Prudente- Epitácio, e que ao abaterem a produção bovina proporcionaram a criação de milhares de empregos.
As “lavouras” incipientes mas produtivas para os padrões da época, a região experimentou um ciclo de progresso que com a mudança da economia regional, está estagnada até agora, agravada pela chegada da cana que veio para ocupar a terra e hoje é um entrave a quem acreditou no programa. Empobreceu as famílias e a região e hoje é mais um imbróglio jurídico a ser resolvido, com a lentidão própria das nossas leis, que de recurso em recurso,posterga para mais de 10 anos qualquer solução.
Com a indefinição jurídica de “terras devolutas” surgiram os movimentos sociais, apoiados pelo então governo Montoro e outros do PSDB que se seguiram e o Pontal passou a ser conhecido como a terra dos “conflitos fundiários”.
O descaso dos fazendeiros que não modernizaram as suas propriedades, existem ainda muitas delas em processo de deterioração com instalações,como currais, casas e cercas sem nenhuma manutenção, começaram as “ famigeradas invasões” que ao invés de serem organizadas passaram a ter o caráter de “ordas de destruição” saqueando, derrubando e destruindo tudo que ainda estivesse em pé. Casas, galpões e currais. Matando bois, expulsando pela força da foice e do martelo, quem se antepusesse aos seus desejos.
Os Tribunais e instâncias da Justiça estão abarrotados de processos que nunca chegam ao fim e não têm solução nenhuma, emperrando na maioria das vezes a possibilidade do crescimento econômico.
A “questão fundiária” que tem décadas sem resultados é uma prova evidente, para quem quer saber mais sobre o assunto.
Escrevo tudo isto, para justificar o título acima e dizer que “precisamos, todos....todos, indistintamente – fazer coro ao apelo do vereador Raphael do Forum, feito pela rede social e Jornal Tribuna Livre de domingo, para que, unamos todas nossas forças para que a venda do Kaiowa, seja feita para o grupo paranaense que é a nossa esperança de mudar o perfil econômico de nossa terra e com isto, talvez, iniciarmos um novo ciclo de progresso.
Vamos deixar de lado as “vaidades” – “as questiunculas políticas que sempre existem em qualquer grupamento social” e fazer CORO E APOIO, nos juntando aos que querem a volta do desenvolvimento, porque é no “ agronegócio”, que está a possível solução para todos nós.
A volta do Kaiowa, mudando seu perfil, pois bois não garantem matéria prima na região, pode representar o que todos os venceslauenses querem – “mais renda, mais emprego , crescimento e qualidade de vida”.